O filme ganhou, entre outros prêmios, Melhor Filme e Melhor Diretor Revelação, no Festival de Barcelona.
El Orfanato consegue fazer uma coisa difícil para filmes de gênero: ele repete lugares-comuns e fórmulas prontas de uma forma fresca, que parece soar como novidade. Assim, quando somos surpreendidos com a imagem de uma criança que aparece subitamente no fundo de um corredor escuro vestida com uma roupa estranha, realmente apertamos mais firme o braço da poltrona ao invés de dar uma risada do tipo "oh-que-surpresa!".
"Um conto de amor. Uma história de terror." Essa é a tag do filme. Prova de que Bayona e o roteirista Sergio G. Sánchez não querem apenas dar sustos, mas atingir um alvo um pouco mais complexo. O filme conta a história de uma mulher (Belén Rueda) que decide voltar para a casa onde foi criada para transformá-la em um orfanato para crianças doentes. Seu filho adotivo, Simón (Roger Príncep), a acompanha e logo faz um amigo invisível. Tudo muito normal.
Pelo menos até que o amigo imaginário, Tomás, começa a atemorizar a família aparecendo com um saco que estopa apodrecido cobrindo a sua cabeça. Um dos fantasmas mirins mais assutadores já criados.
Preste atenção no uso magistral que Bayona faz do contraste entre claro e escuro para dar dramaticidade às cenas. E na atuação de Geraldine Chaplin como a assistente social esquisita e assustadora que surge no orfanato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário